As doenças cardiovasculares são multifatoriais, desencadeadas por hábitos como sedentarismo, má alimentação, consumo de álcool e tabagismo. São também a principal causa de morte no mundo e a hipertensão arterial responde por 13,8% delas. A condição é considerada um problema quando os níveis ficam acima de 140 milímetros de mercúrio (mmHg) de pressão arterial sistólica e acima de 90 mmHg de pressão diastólica.
Mas um estudo brasileiro publicado na revista Scientific Reports, realizado por pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp), conclui que o treinamento de força – praticado com carga de moderada a vigorosa, dois ou três dias por semana – é uma boa estratégia para diminuir a pressão arterial. Com uma amostragem de 253 participantes, com média de idade de 59 anos, foi feita a análise com base em uma série de ensaios controlados que avaliaram o efeito do treinamento por oito semanas ou mais.
Com o objetivo de estabelecer o volume e a intensidade que fossem suficientes para alcançar uma redução significativa de valores da pressão arterial, descobriu-se que em média, o treinamento de força realizado em oito a dez semanas foi suficiente para uma redução de 10 mm Hg na pressão sistólica e 4,79 da pressão diastólica. Resultados efetivos eram observados por volta da 20ª sessão de treinamento e os efeitos hipotensivos benéficos duravam até 14 semanas mesmo depois que os exercícios eram interrompidos – fase chamada de destreinamento.
Acesse aqui o artigo: Strength training for arterial hypertension treatment: a systematic review and meta-analysis of randomized clinical trials